19/12/2011

Homem morre eletrocutado em açude


O trabalhador rural Raimundo Pedro Ferreira Mota, 40 anos, morreu eletrocutado na manhã de domingo, 18, quando tentava consertar  uma bomba d’água que estava dentro de um açude da propriedade onde morava localizada na altura do km 40 do Ramal do Leonardo em uma Reserva da Vila do “V” município de Porto Acre.

De acordo com informações de familiares de Raimundo, ele saiu de casa por volta das 9h afirmando que iria consertar a bomba d’água que estava dentro do açude.

Como demorou em retornar para o almoço, um irmão da vítima foi até o açude chamá-lo, quando encontrou o irmão já morto.
Imediatamente informaram a Polícia Militar da Vila “V” que acionou o Instituto Médico Legal – IML para resgatar o corpo da vítima.

Segundo informações uma equipe de peritos do IML chegou ao ramal somente por volta das 16h30 e quando perceberam que o ramal apresentava atoleiros teriam informado a família da vítima que não entrariam no ramal alegando que o rabecão (viatura que transporta os corpos) mesmo tendo tração nas quatro rodas poderia atolar.

“Os peritos disseram que não iriam entrar no ramal e perguntaram se na casa da vítima não tinha uma rede para transportar o corpo até a entrada do ramal, em seguida  entregaram um saco e mandaram a família ir buscar o corpo que outro dia um perito iria ao local para fazer pericia. Explicamos que um carro com tração teria condições de ir até o local, mas mesmo assim eles disseram que não iam e se a família quisesse que o corpo fosse levado para o IML desse um jeito de entregar o corpo a eles na entrada do ramal” contou um irmão da vítima.

Como os peritos se negaram a ir ao local da ocorrência resgatar o corpo, policiais militares da Vila do “V” acompanhados de familiares da vítima tentaram chegar ao local onde se encontrava o corpo, mas o veículo da Polícia Militar atolou a cerca de 10 km de distancia da propriedade em que estava o corpo e seguiram o restante do caminho a pé.

Com ajuda de fazendeiro irmãos da vítima conseguem resgatar o corpo

Segundo informações um fazendeiro da região proprietário de uma caminhonete, que reside próximo ao local onde o trabalhador morreu eletrocutado ao assistir o desespero dos irmãos da vítima que tentavam levar o corpo enfrentando a lama a pé decidiu ajudá-los, transportando o corpo da vítima na carroceria da caminhonete.

De acordo com informações quando os parentes e amigos da vítima chegaram com o corpo na entrada do ramal, local onde a equipe ficou aguardando a chegada do corpo, os peritos teriam mandado os irmãos de a vítima colocar o corpo dentro do rabecão, revoltados os familiares e amigos da vítima se negaram a entregar o corpo ao peritos e decidiram levá-lo até o prédio do IML em Rio Branco.

“É muita humilhação, eles não entraram no ramal alegando que poderiam atolar a viatura do IML, entregaram o saco e mandaram a família dar um jeito de ir buscar o corpo depois que já estávamos no asfalto queriam somente transportar até o IML. Se é para não fazer o trabalho completo, para o qual são pagos, não havia mais necessidade deles. A perícia não foi realizada, se quer quiseram acompanhar a família, como fez os policiais militares”, desabafou o irmão da vítima.

Segunda tragédia em família em meses de três meses

Segundo informações no final do mês de setembro passado a dona de casa Kátia Mota, 36 anos, também morreu eletrocutada no mesmo açude que o marido morreu neste domingo, 18.

De acordo com informações a mulher de Raimundo teria ido ao açude e ao tentar ligar à bomba d’água a fiação teria rompido e a mulher tentou ligar quando recebeu uma descarga elétrica tendo morte instantânea.

Segundo informações na ocasião o corpo da vítima foi resgatado por peritos do IML que conseguiram chegar ao local na mesma viatura que a equipe deste domingo, 18, se negou a entrar no ramal.

“Esse é o motivo da nossa revolta, pois em setembro o ramal estava com os mesmos atoleiros e os peritos entraram na mesma viatura e resgataram o corpo da minha cunhada, meu irmão que morreu hoje ajudou a equipe do IML e hoje teve o direito dele negado. Vamos denunciar esses peritos no Ministério Público Estadual, queremos que sejam punidos. Não entraram no ramal, por que simplesmente não quiseram. A prova é que a viatura da IML é superior a caminhonete do nosso vizinho. Somos pobres e humildes, mas sabemos do nosso direito” afirmou um cunhado da vítima.

A direção do Instituto Médico Legal – IML deve se pronunciar nesta segunda-feira, 19, sobre a acusação da família do morto.
Raimundo Pedro Ferreira Mota de 40 anos morador do Ramal dos Paulistas localizado na Vila do V teria indo em um açude de sua colônia para tentar arrumar uma bomba de puxar água.

Quando chegou para fazer o serviço não verificou se a bomba estaria ligada.

Foi quando foi eletrocutado tendo morte instantânea.

Neste mesmo local a cerca de 3 meses atrás morreu sua esposa Katia deixando um filho de 4 anos.

O Instituto Medica Legal – IML foi acionado para fazer a pericia no local e pegar o corpo. Só que ao chegar ao ramal disseram que não poderiam ir até o corpo, já que o ramal estava enlameado.

Então o perito que estava de plantão deu um saco para a família e amigos colocaram o corpo e carregarem até onde estava o rabecão. A família aterrorizada com esta ação já que não seria bem feito a pericia no local.

Então um fazendeiro do ramal transtornado com aquela cena decidiu trazer o corpo em sua caminhonete até o IML, já que o RABECÃO uma caminhonete tracionada justamente para isto não poderia ir ao local.
Fonte: Agazeta.net

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